Olá galera, voltei.. Tinha ficado um tempo fora, curtindo meu guri (menino) é claro, mas nunca esqueci deste blog tanto que até mantive-o ativo, ai até recentemente recebi um convite para fazer uma palestra sobre o IC, Implante Coclear e expor a minha opinião, lembrei de imediato do meu Blog novamente e repensei.......
Por que não, escrever um artigo sobre o mesmo????
Pois bem ai vai:
O Implante Colear (IC) é um aparelho implantado atrás da orelha cirurgicamente e é capaz de estimular diretamente o nervo auditivo visando proporcionar aos seus usuários a sensação auditiva próxima ao fisiológico. Ele é recomendado para quem é portador de deficiência neurossensorial deste severa a profunda que não têm condições de escutar e compreender a fala, ou mesmo que escutando alguns sons, essa sensação não é suficiente para o uso social ou profissional. O equipamento em si, é formado por duas partes, a Externa e a Interna.
Interna Externa
A parte externa que é acoplado logo atrás da orelha e se mantem firme por meio de um imã. É o microfone e o microprocessador. Já a parte Interna é o receptor e estimulador, um eletrodo de referência e um conjunto de eletrodos que são inseridos dentro da cóclea (caracolzinho).
CÓCLEA
Esse dispositivo eletrônico tem por objetivo estimular, através desses eletrodos implantados dentro da cóclea, o nervo auditivo que, por sua vez leva os sinais para o encéfalo onde serão decodificados e interpretados como sons.
Existem muitos indivíduos onde o nervo auditivo está danificado e/ou ausente, isso geralmente acontece em casos de surdez congênita. Geralmente em alguns tipos de fraturas ou até mesmo tumores, existem casos que dá para usar o IC até mesmo através da estimulação diretamente no núcleo coclear dorsal.
Então este é o IMPLANTE COCLEAR.
Agora vou falar de outros tipos de implantes:
Existe o sistema BAHA que utiliza a habilidade natural do corpo para conduzir o som e pode ser uma opção melhor nos casos em que a função do ouvido médio posa estar bloqueada, danificada ou até mesmo obstruída, pois ele ultrapassa completamente o ouvido médio. O som é enviado ao redor da área problemática, estimulando assim naturalmente a cóclea través da condução óssea. Através deste implante o órgão "ouve" da mesma maneira que ouviria através da condução aérea. Enquanto o aparelho vibra criando assim os sinais neurais que são transferidos ao cérebro.
Implante BAHA
Existe também o CARINA.
Este é um aparelho auditivo TOTALMENTE IMPLANTÁVEL.(Primeira vez que li isto eu PIREI) Este aparelho auditivo naturalmente é indicado para quem tem alergias extremas ou outros impedimentos no conduto auditivo ou que não se adaptam à sensação de tampão no ouvido(oclusão) geralmente ocasionados por moldes dos AASI (Aparelho de Amplificação Sonora Individual) convencionais, que é o que eu utilizo. Um fato interessante sobre o Carina é que ele se situa totalmente embaixo da pele, ele também é prova da água o que o torna FANTÁSTICO (ao meu ver).
O Carina é composto de três partes: um microfone de alta tecnologia, um processador digital e um transdutor (que irá transmitir o som através de um movimento mecânico, simulando assim o processo natural de audição), a cirurgia é simples, dura cerca de duas horas e consiste em um pequeno corte atrás da orelha e vai acoplar em um dos ossículos da audição não alterando NADA na anatomia do sistema auditivo. (Ou seja, é reversível).
CARINA
Oito semanas após a cirurgia é ativado o mesmo e já configurado de acordo com as suas dificuldades. Ele funciona com uma bateria interna que dura certa de 12 horas aproximadamente e é recarregado com uma bobina durante 45 min com um carregador que é colado como um imã no local em que o aparelho foi implantado. A bateria dura em média de 15 anos. Para a substituição do mesmo, é somente necessário fazer um pequeno corte (bem mais simples).
O implante Carina é indicado para deficientes auditivos acima de 14 anos e que possua perda auditiva moderada até severa do tipo condutiva neurossensorial ou mista (Meu caso lembrando que é neurossensorial), e que já tenham utilizado AASI convencional e que possuam uma boa discriminação de fala, já ressalto que é uma técnica cara (em torno de 25 a 50 mil) e não é coberto pelo SUS.
Algo super importante, não podemos esquecer que não podemos igualar o Implante Coclear com o Carina e o BAHA, pois são aparelhos diferentes e trabalham de maneiras diferentes.
Tem algo que todos sempre me perguntam: - Por que eu ainda não fiz nenhum dos implantes?
Digo aqui com sinceridade:
VONTADE NUNCA ME FALTOU.
Para todos os implantes corremos os riscos que são: Inflamação, hemorragia, dormência ou rigidez em volta do ouvido, lesão ou estimulação do nervo facial, alteração do paladar, tontura, aumento do zumbido, dor no pescoço e perda de líquido perilinfático, o que poderá conduzir a MENINGITE.
Pois é assim. Riscos sempre existem e sempre existirão, mas um dia quem sabe. Eu apenas não me vejo COMPLETAMENTE pronto para um procedimento destes. Vou dar tempo a tecnologia, o tempo é aliado a ela, pois nada tenho a perder pois só evolui.
EDIT/UPDATE:
A palestra ontem foi super bacana, conheci uma turma fantástica de Psicologia e a princípio tem muito a oferecer, o conteúdo que foi debatido ontem foi bem interessante, além dos implantes também foi falado sobre as dificuldades que nós surdos temos no dia dia.
Já deixo aqui o meu agradecimento a turma pela oportunidade de compartilhar com vocês o conteúdo.
Pois bem é isto por hoje, aproveitem aprendam curtam, compartilhem e comentem.
Fica aqui aquele SUPER abração de Dayam C. Adams.




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